O Laboratório Digital de Educação Alimentar (LADIG’E) realiza estudos sobre postagens na plafatorma Instagram no campo da Alimentação e Nutrição e recentemente analisou o perfil de uma influenciadora digital, cujos discursos de desconstrução seguem na contramão do padrão de corpo perfeito idealizado.

Submetida para apresentação na 10ª Semana de Integração Acadêmica da UFRJ (SIAC), entre os dias 21 e 27 de outubro, a análise foi empreendida pela aluna de iniciação científica Julia Rianelli. O objetivo da investigação é mostrar que, ao mesmo tempo em que se criam padrões de corpo perfeito, a desconstrução dele também tem aparecido como uma força discursiva que conduz principalmente mulheres a aceitarem seus corpos da forma que são. Todos os corpos podem sentir-se bem.

A partir das postagens, chegou-se a conclusão de que a alimentação tem muito mais a ver com a sensibilidade sobre os corpos do que com números na balança. Sendo assim, entende-se que o peso não define o que se pode ou não comer. Libertar-se dessa busca obsessiva que destrói a autoestima e favorece transtornos alimentares é o primeiro passo para mudar as regras que ditam a magreza como sinônimo de corpo feliz e saudável.

A perspectiva do estudo está em consonância com o Projeto Guarda-Chuva do laboratório, em que as mídias digitais são entendidas como agentes importantes na produção de saberes e sentidos presentes nas experiências alimentares.