Trabalhos de Extensão

Nossa Pitada de Empatia e Inovação para Educação Alimentar e Nutricional

 

Os trabalhos extensionistas de Educação Alimentar e Nutricional (EAN) no Instituto de Nutrição Josué de Castro (INJC/UFRJ) tiveram início em 2011, em contrapartida às atividades de uma pesquisa que estava em curso, em comunidades tradicionais das regiões sudeste e centro-oeste do Brasil (Edital MCT/CNPq N.º 019/2010), realizada em pareceria com INU/UERJ e UFMT. As atividades coordenadas pela profª Maria Cláudia Carvalho foram realizadas em visitas ao núcleo dos Guarani em Parati Mirim e com pescadores artesanais em Macaé.
No mesmo ano, foram desenvolvidas oficinas culinárias e contação de história que visavam reforço escolar de português no contra-turno da escola Municipal Presidente João Goulart, na comunidade Cantagalo/Pavão/Pavãozinho (RJ), com o projeto de extensão Caldo de Cultura na Escola. Esse projeto durou 2 anos e incluiu treinamento de nutricionistas de empresa parceira da escola para dar continuidade às atividades que realizamos como matrizes de EAN para escolas.

Em março de 2013 (PROEXT) as oficinas culinárias se voltaram para Segurança Alimentar e Nutricional, nas quais a matriz de ações de EAN na escola foi aprofundada. Com esse financiamento, foi publicado livro em parceria com graduandos e alunos do CIEP formando 14 oficinas completas com materiais, métodos e custeio descritos para reprodução em comunidades vulneráveis. Paralelamente, foi desenvolvido projeto junto ao MDS/SESAN com objetivo de analisar a construção de parâmetros que permitissem pronunciar julgamentos e definir uma qualidade para o que é produzido em práticas de EAN. As atividades analisadas aconteceram no ensino fundamental de escolas municipais e estaduais da cidade do Rio de Janeiro e de Macaé. Como resultado, publicou-se em formato digital uma cartilha de avaliação de ações de EAN, com livre acesso.

Em seguida, a Oficina de Comidaria foi transferida para Colégios de Aplicação da UFRJ e da UERJ, com objetivo de investigar o acolhimento dos alunos para EAN como parte intrínseca ao processo educativo em geral. Nesse sentido, pudemos compreender que a educação, assim como o Direito Humano à Alimentação Adequada, é, antes de se alimentar, um processo educativo que prepara o sujeito pra pensar suas alternativas, ou a falta delas. Da mesma forma, o direito é humano acima de tudo.

Em 2017, as atividades extensionistas promoveram Cursos livres de EAN à distância (modalidade EAD) realizados no Colégio Pedro II em parceria com a Pro-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura (PROPGPEC), para professores do Colégio.

Atualmente, juntamente com a Rede Latino-Americana de Soberania e Segurança Alimentar, no projeto MCTIC/CNPq, ofertamos cursos EAD de “Educação alimentar em equipamentos sociais urbanos de alimentação e segurança alimentar e nutricional” para grande público. O LADIG’E tem sido apoio, e agora com os cursos EAD ainda mais, para tornar público todos os nossos materiais acadêmicos, de pesquisa, extensão ou ensino.

Popularização da Ciência com Memes

Educação Alimentar em Equipamentos Sociais

Educação Alimentar e Nutricional para Professores do Ensino Médio

Oficina de Análise de Discurso

Oficina realizada em maio de 2020 através da Rede Nacional de Pesquisa em parceria com o Centro de Ciência, Tecnologia e Inovação para Soberania e Segurança Alimentar INTERSSAN.

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Oficina de Comidaria

Livro Comidaria: experiências dietéticas & educativas

Maria Cláudia da Veiga Soares Carvalho e Marina de Melo Coelho Ribeiro (Org.)

O Livro de Comidaria é de oficinas culinárias educativas orientadas por uma Educação Alimentar e Nutricional baseada em Paulo Freire para crianças e adolescentes de escolas públicas de locais desfavorecidos. Visa refletir sobre a violência simbólica oculta em regras e ‘bons costumes alimentares’, ao mesmo tempo em que reforça um saber solidário e democrático da dietética na organização e na produção de comidas.

O cenário foi o da favela carioca, não somente em seu caráter de cultura periférica, mas principalmente pelos modos passados de uns para os outros como “certos” e “errados” de comer. A ressignificação de comidas foi uma forma de consensuar no coletivo um fazer culinário com utilização integral dos alimentos, baixo custo e uso de poucos utensílios, somente liquidificador e forno, e com lanches rápidos e fáceis de fazer. Viabilizar soluções locais para problemática alimentar dos escolares foi, na prática, oferecer mais opções alimentares capazes de orientar um projeto futuro de mundo melhor, baseando-se nas possibilidades concretas de comer melhor. O profissional de saúde pode auxiliar neste fazer, mas a condução principal é do sujeito: ele decide o que pode comer, e não pode se alienar de si nem de seu ‘fazer comida’ oprimido pelas recomendações nutricionais.

A ideia da comidaria é potencializar o sujeito, motivando uma conquista por liberdade, autonomia e sabedoria na adequação dos aspectos nutricionais, combatendo o fatalismo que, segundo Freire, anima o discurso neoliberal e amesquinha as possibilidades reais dos sujeitos oprimidos através de uma ‘benevolência’ daqueles que impõem regras autoritárias esvaziadas de um compromisso com uma transformação do processo de produção de desigualdade social. Esperamos que você possa fazer umas boas comidarias.

 

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Instituto de Nutrição Josué de Castro / UFRJ

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